Com a
sessão de capacitação do dia 18 de Março encerrámos este ciclo
de intervenção/formação do projeto Fortemleitura que está a
decorrer nas Bibliotecas do Agrupamento de Escolas do Forte da Casa em parceria com a Laredo Associação Cultural Foi um encontro
(on line) muito concorrido, a provar que a Biblioteca Escolar pode
ser um centro de mobilização para a reflexão e mudança das
práticas educativas. Foi gratificante constatar a participação das
assistentes operacionais nesta ação onde tiveram voz, dando-nos um
ponto de vista singular sobre o desenvolvimento do projeto. Na minha
opinião, falta encontrar momentos presenciais para que possamos
tocar os materiais, folhear os livros e experimentar as mesmas
dinâmicas inclusivas propostas aos alunos.
Ao longo do
Fortemleitura tenho vindo a consolidar a ideia da criação de um
curso profissional de Mediação Cultural abrangendo a educação
artística e a mediação leitora. Cada momento é sempre fundador de
horizontes. Cabe-nos perseguir a utopia. Concretizar a inclusão. Anima-nos a certeza de que a
formação dos jovens se faz em movimento, com dinâmica, com grandes
espaços coletivos e práticos de observação e ação. Enquanto
caminham, aprendem, em constante relação com a comunidade que
envolve a escola. A miríade de campos abraçados pela Mediação Cultural propõe aos jovens um conhecimento abrangente (holístico)
do mundo, contribuindo para o desenvolvimento natural de um
sentimento de pertença cidadã. Este caminho educativo humano, de
muitas facetas, vai preparando os alunos para um mundo líquido,
estranho, em constante mutação que é preciso saber agarrar com
solidez para o conseguir transformar. A autonomia pedagógica permite
o surgimento de um espaço libertador para o ser educador com a
criação deste novo curso. Creio que este esforço educativo será
bem entendido por uma boa mão cheia de docentes com quem tenho
trabalhado, pois abraçaram a profissão com crença e sem medo dos
desafios; igualmente, não lhes falta nenhuma competência educativa
ou cientifica para realizar esta tarefa. A interação educativa, que
vem surgindo na escola, assenta numa relação justa, horizontal
entre alunos, professores e outros profissionais, numa reciprocidade
colaborativa que importa disseminar para a construção da escola
contemporânea. A expressão "Comunidade Educativa” ganha solidez
se for transvazando as fronteiras para a vizinhança familiar e
instituições locais (como vem acontecendo).
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