Festa das Palavras no Museu da Cidade
fotografia: Por cortesia do Museu da Cidade - José Avelar "A garrafa vazia de Manuel Maria..." |
Participar na Festa das Palavras
promovida pelo Museu da Cidade (EGAC) foi uma experiência
gratificante. Senti-me em casa no palácio Pimenta. Comigo estiveram as narradoras Ana Lage e Elsa Serra. A
manhã começou com muita chuva mas, aos poucos, o público graúdo e
miúdo foi chegando, compondo a bela sala do museu onde contei.
Comecei pela brincadeira dos porquinhos (agora são os meus amigos
inseparáveis...) depois fui por aí fora contando até chegar às
serpentes africanas – como a escuta era boa, a sessão foi mais
longa. Entre a assistência, muitas caras conhecidas, bem dispostas.
De tarde, no Pavilhão Preto, tendo a exposição temporária Convivência(s). Lisboa Plural. 1147-1910 como pano de fundo, assentei arraial na sala central, bem na frente ao busto de "Pae Paulino" de Rafael Bordalo Pinheiro, e contei, acompanhado da minha sarronca, o conto em crescimento "Djon di Ginê". Foi uma sessão diferente, em diálogo com o público (muito atento) dando referências sobre a génese dos contos que levava. Aproveitem até ao dia 15 de Dezembro para visitar esta exposição que reúne um conjunto de peças muito interessante. No texto introdutório podemos ler: A exposição mostra-nos provas dessa Lisboa multicultural, feita por muçulmanos, cristãos e judeus, mas também por espanhois, franceses, ingleses, italianos, flamengos, alemães e galegos, e pelos africanos da era da escravatura; é mesmo possível falar numa Lisboa africana, paulatinamente mestiça, que caracterizou a cidade, entre os séculos XV e XIX.
Ao longo do evento fui sempre muito apoiado pela minha colega mediadora Ana Margarida Campos. Olhem que até nos ofereceram um belo lanchinho. Ainda outra boa surpresa foi encontrar a minha colega Paula Ribeiro que veio do Museu Gulbenkian para a equipa educativa do Museu da Cidade, coordenada pelo Paulo Cuiça. Obrigado Joana Sousa Monteiro.
Fotografia de Joana Sousa Monteiro |
De tarde, no Pavilhão Preto, tendo a exposição temporária Convivência(s). Lisboa Plural. 1147-1910 como pano de fundo, assentei arraial na sala central, bem na frente ao busto de "Pae Paulino" de Rafael Bordalo Pinheiro, e contei, acompanhado da minha sarronca, o conto em crescimento "Djon di Ginê". Foi uma sessão diferente, em diálogo com o público (muito atento) dando referências sobre a génese dos contos que levava. Aproveitem até ao dia 15 de Dezembro para visitar esta exposição que reúne um conjunto de peças muito interessante. No texto introdutório podemos ler: A exposição mostra-nos provas dessa Lisboa multicultural, feita por muçulmanos, cristãos e judeus, mas também por espanhois, franceses, ingleses, italianos, flamengos, alemães e galegos, e pelos africanos da era da escravatura; é mesmo possível falar numa Lisboa africana, paulatinamente mestiça, que caracterizou a cidade, entre os séculos XV e XIX.
Ao longo do evento fui sempre muito apoiado pela minha colega mediadora Ana Margarida Campos. Olhem que até nos ofereceram um belo lanchinho. Ainda outra boa surpresa foi encontrar a minha colega Paula Ribeiro que veio do Museu Gulbenkian para a equipa educativa do Museu da Cidade, coordenada pelo Paulo Cuiça. Obrigado Joana Sousa Monteiro.
Busto de “Pae Paulino” por Rafael
Bordalo Pinheiro (1846-1905). Esta peça, em faiança Earthenware,
executada em 1893, representa Pai Paulino, personagem bem conhecida
de Lisboa.
Caiador e gaiteiro na procissão do
Corpo de Deus, serviu valorosamente o exercito liberal, tendo até
recebido uma condecoração. Em Lisboa, liderou várias irmandades de
negros pela libertação dos escravos. O que mais gosto nesta peça, da colecção do Museu Rafael Bordalo Pinheiro é da doce bonomia do olhar, aliada
à sabedoria contemplativa conferida pela idade – só mesmo um Mestre para captar a riqueza interior deste Lisboeta...
Bela reportagem
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