Caça Texturas em Santarém

Fotiografias: Por cortesia de Santarém/Cultura - Teatro Sá da Bandeira

O Caça-texturas esteve em Santarém nos dias 28 e 29 de Novembro. Uma iniciativa da Câmara Municipal de Santarém/Cultura, numa proposta da Artemrede. Desta vez,  os caçadores foram meninos e meninas do ensino básico de Santarém, realizando-se a caçada no Convento de S. Francisco. Foi muito interessante descobrir uma enorme variedade de texturas escondidas pelo claustro. Esta oficina aproxima-nos do universo da cegueira, entendendo melhor que imagens de constroem no cérebro de quem não vê – cada vez que um lápis risca deitado, varrendo uma textura, é como se um cego passasse a mão sobre um relevo criando uma imagem no cortex. Ao longo da caçada foi preciso gerir as diferentes energias dos grupos para que os resultados fossem mais expressivos. Nesta proposta promove-se a cooperação para a captura de um universo sensível – algumas folhas chegam a ter 4 metros de comprimento, com muitas pequenas mãos a riscar.
Na sexta feira eu e o Ricardo Falcão montámos uma exposição, com parte dos desenhos, no foyer do Teatro Sá da Bandeira, um testemunho do que foi riscado ao longo dos dois dias. Acho que ficou bem. Aproveito para agradecer hospitalidade e a simpatia de toda a equipa.


Da sinopse:
Munidos de grandes folhas de papel, lápis de cera e barras de grafite, os participantes desta oficina partem em busca de texturas e sinais pelas ruas e paredes da cidade, em lojas, em jardins e em praças. Nessa busca, caçam-se baixos-relevos de motivos variados ou texturas naturais.
No fim da manhã, reúne-se a coleção que se conseguiu “caçar” nas folhas de papel, falando sobre a sua origem e função. E porque não montar uma exposição? Os participantes são convidados a procurar e descobrir uma cidade invisível, estimulando o olhar atento e a sua relação com o desenho

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