Desenvolver o projeto em tempos de pandemia
tem sido um desafio superado,
graças á equipa reunida em torno desta ideia inclusiva.
Esperamos que o efeito junto dos alunos com diversidade funcional
seja profícuo, deixando marcas na prática educativa.
O projeto “Todos Juntos podemos Ler e
Escrever” ( RBE/PNL) tem feito o seu caminho na Secundária do
Forte da Casa (epicentro na Biblioteca Escolar), atravessando a fase de confinamento até ao regresso à
escola física. Durante o confinamento foi evidente o esforço das
equipas da Biblioteca Escolar, da Educação Inclusiva e dos outros
docentes envolvidos no projeto, mantendo a comunicação com os
alunos sinalizados e lançando a segunda fase do trabalho, a
partilha das metodologias não formais ao resto da turma, de forma
equitativa. Na última sessão que fizemos (12 de Abril), ainda on
line, com os alunos do 10º PM, senti um cansaço do confinamento
evidente, tendo o grupo reagido pouco às propostas de mediação.
Acho que não escolhi os livros certos ou deveria ter experimentado
outra abordagem... De qualquer forma, algumas turmas especiais são
difíceis de mediar, os jovens estão pesados e silenciosos, com
pouca paciência para nos aturar; o confinamento roubou muita
energia... Mas presencialmente, com esta mesma turma, desta vez com a
metodologia “Filactera” (onomatopeias, imojis, adjetivos e
verbos) e presencialmente, a sessão correu bem melhor (10 de Maio).
Também, a 11 de Maio, desta vez com o 11º PM, a “Filactera”
funcionou muito bem – haviam de ver a cara deliciada dos alunos com
funcionalidades específicas resolvendo descontraidamente os desafios
propostos. Como facilitadoras/mediadoras nestas duas sessões,
estiveram as docentes Vera Singeis (Educação Inclusiva), Cecília
Matos (Educação Inclusiva), Sónia Pino (Português), Patrícia
Dias (Português), Cristina Cruz (Biblioteca Escolar) Maria João Ralo (Biblioteca Escolar) e pela Laredo Maria José Vitorino e Miguel
Horta. Estamos a terminar as sessões previstas para este ano letivo; em breve faremos uma avaliação do trabalho desenvolvido, lançando pistas para o próximo ano.
Filactera
A
linha estruturante desta oficina/jogo, que combate o desaparecimento
do léxico da nossa comunicação quotidiana, é a linguagem da Banda
Desenhada. Assim, partimos das onomatopeias, lendo em voz alta as
expressões, para melhor descobrir os verbos a que elas se referem.
Pegando nos Imojis 😊 (ou Emoticons, carinhas) tão populares entre os
jovens (e não só) que os utilizam amiúde através dos telemóveis,
quando querem afirmar uma emoção. Mas será que sabemos a que
emoção se refere o imoji? Qual o adjetivo correspondente? E ainda,
acabamos por reconhecer, através desta experiência, que não existe
unanimidade na leitura destas imagens, destes sinais gráficos. Ao
longo deste jogo com equipas, vamos descobrindo palavras esquecidas
da nossa língua, abrindo a possibilidade de as repescar para a
comunicação do dia a dia. Uma metodologia não-formal criada para
responder às dificuldades de aprendizagem de crianças e jovens, mas
que é bastante útil para trabalhar com grupos diversos e mais
alargados.
Comentários
Enviar um comentário