Semana da Leitura no Forte da Casa

 

Ao fim de 3 anos de projeto “Ler+ 14-20 Forte da Casa - Aprender, ensinar e ler no Sec. XXI” e agora, também, com o “Todos juntos podemos ler e escrever” a equipa criou uma dinâmica e um entendimento que têm permitido ultrapassar as dificuldades próprias da pandemia, mantendo um elevado grau de comunicação com os alunos e congregando diferentes docentes em torno dos projetos, com origem na Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas do Forte da Casa.

Posso afirmar que esta semana da leitura foi realmente inclusiva, lembrando outros projetos onde a Laredo Associação Cultural esteve envolvida. Numa Semana da Leitura onde não faltou a oferta habitual da Biblioteca Escolar (por exemplo encontro com escritores), realizaram-se 3 encontros com turmas do secundário (uma, inserida no “Todos Juntos Podemos Ler e dois outros encontros com turmas do “Movimento 14-20 a Ler+”) e uma formação em que participaram docentes e assistentes operacionais, inserida no “Todos juntos podemos ler” (RBE). No caso da turma de 12º ano do Ensino Profissional, sinalizada pelo elevado número de situações específicas, acompanhadas pela Educação Especial, tivemos a oportunidade de partilhar com a turma toda, as leituras que tínhamos feito antes num grupo restrito (ver artigo) acrescentando algumas novidades. No caso do 12º PTAI, que acompanhamos há dois anos, tivemos uma conversa aberta sobre o desenvolvimento do projeto, agora que estão quase a partir para estágio. Foi evidente algum stress causado pelo confinamento e escutaram-se queixas de pressão sobre os alunos no sentido do sucesso. Foi escutada a voz aos adolescentes, permitindo que cada um escolha como quer dar seguimento ao que foi começado comigo em mediação leitora; neste ponto teremos de ser muito tolerantes pois estes alunos vivem uma grande incerteza no final do seu curso, com a realização de estágio e Provas de Aptidão Profissional (PAP). Bem sei que há professores que se queixam, que dizem que as alunas são complicadas e respondonas, mas se a turma não fosse difícil, não estaríamos trabalhar com ela – este projeto pretende trazer para a escrita e a leitura os mais excluídos. A sessão com o 10º PTAI, estreante nestas andanças, foi muito bonita, com jovens a reagir muito bem às propostas – espero ter algum tempo para “desbravar terreno” com estes alunos que apanham o projeto, infelizmente, no seu final. Aliás, acho que se justifica um prolongamento do “14-20 Ler+ Forte da Casa”: embora tenhamos conseguido trabalhar on line com alunos e professores, gastámos muita energia e tempo com os obstáculos da pandemia. Estas propostas do “Movimento 14-20” constituem-se como “projetos piloto”, permitindo avaliar e refletir sobre o modo de intervenção em mediação leitora na realidade atual do ensino secundário – merecem atenção. 

Finalmente, no dia 11 de março teve lugar uma formação, para docentes e outros profissionais, sobre mediação leitora, bibliotecas e leitores especiais, incluída no projeto “Todos Juntos Podemos Ler e Escrever”. Foi uma sessão muito concorrida e agradável, onde fizemos uma primeira avaliação das intervenções realizadas junto dos jovens sinalizados (observadas por diferentes docentes). Este projeto teve o seu início este ano e tem vindo a juntar uma boa mão cheia de docentes empenhados em torno dos trabalhos. Como as decisões são colegiais, todos juntos, a par e passo, vamos avaliando e decidindo, depois de “tomar o pulso” à reação dos jovens. Estão previstas novas sessões de capacitação, onde partilharei mais livros e material não livro que fazem parte da coleção, em crescimento, da Biblioteca Escolar. Esta semana, teremos mais uma sessão, desta vez com o 11º PTAI (amanhã de manhã), com a presença da Professora Maria Morais, que têm desenvolvido um trabalho muito interessante na criação de Podcast, promovendo a leitura em voz alta.

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