16 de Março com a Universidade Sénior de Alcântara

 

Na tarde de dia 16 de março, contei histórias a uma plateia atenta e virtual da Universidade Sénior de Alcântara a convite de Patrícia Alves. Computador ligado, PLIM! Um mosaico de caras na minha frente e lá fui, deixando o rato ir à sua vida. Contos on line... Mas não foi narração oral, como bem sabem os meus colegas de ofício, senti-me antes como um youtuber do conto. A narração é presencial; o corpo e a expressão do narrador e a reação do corpo e o olhar do público. Não estou habituado a estas andanças virtuais, mas quando se trata de trabalhar e, sobretudo, ultrapassar algumas dificuldades físicas que me tolheram durante um ano inteiro, foi com grande contentamento que falei com aquela gente mais velha. Coordenando todo este processo, estava a Patrícia Horta que conheci no bairro da Cova da Moura, num tempo em que ela desenvolvia o seu trabalho de assistente social na Associação de Solidariedade Social do Alto da Cova da Moura e eu promovia projetos de Mediação Leitora com a A. C. Moinho da Juventude. O conto “O lugre fantasma”, a saga de Francisco Sarronca na Terra Nova, despertou o debate e trouxe aos dias de hoje a Revolta do Marinheiro Insubmisso, o mesmo acontecendo com “A lebre e o lupo”(1) que gerou uma conversa em torno da Guiné-Bissau, onde alguns dos universitários tinham vivido. Ficou a promessa de voltar para contar histórias do mar e rogar algumas pragas aos participantes.

(1) Lupo (Crioulo da Guiné-Bissau) - Hiena.

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