Oficinas improváveis: propondo novos territórios...


Nascidas na Biblioteca Municipal de Torres Vedras, as “Oficinas Improváveis” pretendem contribuir para que as Bibliotecas sejam cada vez mais inclusivas, com o acesso adequado a conteúdos e coleções, e divulgar metodologias de mediação leitora aplicadas à diversidade funcional das pessoas, pequenas e grandes, que as frequentem. Exploram o recurso livro, em todos os suportes – do papel ao digital - a oralidade, os jogos, as dinâmicas de corpo e algumas ferramentas menos comuns em Biblioteca. Podem realizar-se em Bibliotecas Escolares, em Bibliotecas Públicas (Rede Pública de Leitura) ou em instalações de IPSS. A lotação máxima da oficina é de 12 participantes, acompanhados por docentes de Educação Especial, familiares, técnicos, professores bibliotecários, auxiliares de educação, num número equilibrado, para que a comunicação com os “leitores especiais” não seja perturbada.
Cada sessão está desenhada para duração máxima de 90 min. Na sequência de cada uma, decorrerá um momento de partilha e capacitação dos agentes educativos, a que chamamos “Roda de pensamento” - um encontro de 3 horas, muito prático, de debate em torno das ferramentas e metodologias utilizadas. Assim, as oficinas ganharão sentido na percepção de cada participante, que é ao mesmo tempo agente de novas propostas, repetindo e redirecionando as mesmas estratégias, ou desafiando para novas actividades a desenhar à medida de outros públicos-alvo e, ou contextos.
Nas escolas, estas oficinas promovidas pela Laredo Associação Cultural e orientadas por Miguel Horta, propõem o aprofundamento da relação entre as unidades de ensino especial e as bibliotecas escolares, estimulando a presença ativa dos auxiliares de educação, elementos chave no processo educativo de alunos especiais. As “Oficinas improváveis” confirmam a importância das propostas inclusivas, sugerindo a constituição de tandem colaborativos e convidando ainda outros alunos para a leitura a par. Caso se aplique, poder-se-á promover uma sessão alargada com toda a turma de acolhimento dos colegas especiais e partilhar com o grupo metodologias não formais utilizadas na mediação leitora especializada. (Exemplo: Filactera)
Nas bibliotecas de leitura pública, municipais ou outras, estas oficinas costumam decorrer ao fim de semana, convocando familiares e técnicos para momentos de fruição da leitura acessível, onde se promove o empréstimo domiciliário e partilham ferramentas e metodologias que podem fazer caminho autónomo na casa destes leitores incomuns e de quem com eles vive diariamente.


             

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