Spinner para começar a comunicar
Comprei um Spinner preto numa loja
chinesa, próxima aqui de casa. Tenho usado este pequeno brinquedo, não para
estar na moda, mas porque ele é um poderoso auxiliar nas estratégias de
comunicação com crianças com "problemas" ou do campo do autismo. O meu spinner é
luminoso e chispa com o seu LED, formando mandalas à medida que vai girando no
escuro da sala. Completamente irresistível. É fascinante ter um objeto cinético
que pouca coisa faz, para além de girar. Deixa bastante espaço para a interação,
para a comunicação, tem muito espaço livre, poucas funções. Um território livre
para ser explorado a dois. Bem sei, tem alguns truques que vou aprendendo com
miúdos que têm canais Youtube e que fazem crítica de brinquedos atuais. (ia
para publicar um vídeo que fiz, mas estes pré-adolescentes são muito melhores
que eu…). Mas o bom deste objecto/brinquedo é que gera aproximações, um primeiro
motivo de aproximação, se calhar sem palavras. Depois, alguns gestos,
motricidade fina apurada e…toque de mãos. Ideal para o trabalho em tandem, para
começo de estrada e outras invenções circulares. Experimentas tu, experimento eu, poisamos na mesa para escutar o ruído. Quando aparecerem mais do uma criança com oseu spiunner para conversar, aí teremos de inventar novos rumos para o jogo, outras interações. A propósito de jogos coletivos
(tradicionais): Este verão vi umas miúdas a jogar ao prego na praia. Juntei-me
a elas e, felizmente, não estranharam: lembrava-me de quase toda a sequência e
das diferentes posições das mãos acompanhadas de movimentos específicos,
gradualmente mais difíceis, à medida que se aproxima o final do jogo. Hei de me
lembrar de usar este jogo, aproveitando para desenhar na areia molhada.
Não poderia terminar estas
linhas sem referir o pai de todos estes brinquedos cinético e giratórios: O
Senhor Pião, aqui num pequeno filme do interior do Brasil.
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