Forte da Casa a LER+

 

A primeira sessão presencial, pós confinamento, do Movimento 14-20 a Ler+ do Plano Nacional de Leitura, no Agrupamento de Escolas do Forte da Casa (Biblioteca Escolar) correu bem. A proposta apresentada aos alunos devidamente mascarados e numa sala arejada, foi a Máquina da Poesia. O 10º PTAI reagiu positivamente à proposta tendo surgido um número bem significativo de versos de qualidade. A primeira coisa que fizemos foi desarrumar a sala para criar espaço livre para a poesia e distribuindo as cadeiras em meia lua, em frente a uma parede onde tínhamos colado uma grande folha de papel de cenário. "Mas afinal o que é a poesia?" - perguntei. Depois peguei numa antologia de Alexandre O' Neill, lendo razões para uma possível resposta; e acho que os alunos gostaram gostaram de ser beijados pelas palavras do poeta. Em pouco tempo, o papel de cenário transformou-se numa Máquina de Poesia recheada de palavras. Naturalmente, os poemas foram escritos nos ecrãs dos telemóveis e a informação guardada para se construir um Padlet mais tarde, pronto para partilhar. Assim que identificámos os alunos com dificuldade, propusemos a constituição de pares que estimularam a criatividade dos colegas. Desta vez, leu-se em voz alta e em sequência, a produção poética criada durante a sessão – Fiquei contente por terem vencido a timidez, aderindo bem à nossa proposta. Encerrei, lendo alguns Haiku da antologia "As cigarras vão morrer" (Manuel Silva-Terra, Editora Casa do Sul). A equipa da Biblioteca Escolar está sempre presente, muito atenta ao desenvolvimento da sessão; para além da professora Manuela Ferreira e Patrícia Dias, contámos com Elton de Sousa, diretor desta turma maioritariamente feminina. Para a semana, teremos uma sessão mais performativa, em torno da poesia para a infância de Fernando Pessoa, com a turma do 11º PTAI e com a nossa querida professora Maria Simões

Em frente à máquina

Devidamente mascarado e municiado com uma antologia de Alexandre O' Neill

                                                                            
Escrevendo poemas no visor do telemóvel

E agora, como a minha amiga e companheira de associação  Maria José Vitorino costuma dizer: Coisas que nos animam...

Confirmou-me a professora bibliotecária, que conseguimos concretizar a realização de um conjunto de estágios dos alunos do 11º PTAI na Casa da Juventude do Forte da Casa e na Biblioteca Municipal da Quinta da Piedade. Aos poucos, os livros começam a fazer parte destes alunos do ensino profissional, futuros auxiliares de educação. Para o ano, com os alunos já no 12º ano (ano final com estágio profissional), gostaria de trabalhar com maior profundidade a mediação leitora junto dos seus pares e junto das crianças do agrupamento. Vamos a ver se a pandemia não nos prega partidas, como fez no último ano, inviabilizando algumas iniciativas em parceria. Ficaria muito contente se conseguíssemos partilhar algum material áudio e vídeo produzido por estes jovens durante o projeto, nas redes sociais e nos espaços camarários.

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