O que nos diz um retrato? Identidade e representação no Museu Gulbenkian



A minha oficina “O que nos diz um retrato”, incluída na oferta educativa do Museu Gulbenkian, chega agora ao fim de mais um ciclo de apresentações. Ela adapta-se à colecção, às obras abordadas, e aos diferentes públicos que a procuram. Se numa primeira fase estivemos mais centrados na Colecção do Fundador, este ano abordámos o retrato (e representações próximas) no acervo modero do Museu. Recorrendo ao desenho digital transportamos ao visitantes para dentro de uma obra por eles escolhida, propondo uma incorporação dos sentidos e significados . Ao “entrar” para dentro da peça, o participante acede aos conteúdos através da experiência pessoal (ver aqui resultados anteriores). A peça central na visita/oficina pensada para este ano foi S/Título(Amália # 6) de Leonel Moura. Os grupos com que trabalho esta oficina são grupos de grande diversidade, deficiência e situações de doença mental, e a todos eles é feito um desfio transversal às duas sessões de trabalho, partindo da palavra inscrita sobre os lábios de Amália Rodrigues: Qual é a tua palavra? Que palavras dizes sempre? Qual a tua palavra favorita? Que palavra te define? Qual a tua palavra maia importante?
Os resultados são surpreendentes de profundidade, fazendo sobrepor o conceito de identidade com a representação, neste caso fotográfica. Sentados em meia-lua em frente à peça de Leonel Moura, as conversas, a comunicação dirigida,  vão surgindo naturalmente, cada vez mais profundas, promovendo o foco em torno da identidade (Quem és tu?). 
Cá nos encontraremos na próxima temporada no Museu Gulbenkian...

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