A tempestade volta a assolar o Museu

 


A visita/desenhada “A tempestade”, uma proposta do setor de necessidades educativas específicas do Museu Gulbenkian, vai seguindo o seu caminho adaptando-se aos públicos diferentes mas sempre em torno da obra de William Turner, sendo a obra central da proposta o “Naufrágio de um cargueiro”.

Na semana passada (11 de Novembro) tivemos a presença de um grupo da Unidade de Saúde da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, pessoas muito variadas com situações bem diferentes mas da área da Saúde Mental. O elevado nível de conhecimento de alguns participantes levou-nos a falar de alguns detalhes da história náutica, um caminho natural quando falamos do poderio marítimo Inglês durante o Sec. XIX, onde sobressai a batalha de Trafalgar ocorrida poucos anos antes da realização da obra exposta. São muitos os caminhos de mediação que se oferecem com esta pintura. Com estes grupos específicos costumamos aprofundar , um pouco mais, os temas da história de arte. Tudo isto acontece em paralelo com o trabalho de foco (concentração) e apelo à sensibilidade individual de quem nos visita, para que leve consigo uma opinião autónoma sobre as peças visitadas. Mas, para mim, o momento mais divertido da visita é a proposta de desenho expressivo a grafite sobre papel, sentados no chão da galeria os visitantes os visitantes aventuram-se num mar de riscos. Surgem desenhos vigorosos que nos falam da violência dos elementos, explicando o naufrágio. Aproveitamos estes desenhos para falar um pouco da escala e da composição, pedra de toque do Pintor.



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