Oficina improvável em Campelos

 

Explicando ao grupo a forma de trabalhar um desenho bem grande

Hoje foi dia de Oficina Improvável na Biblioteca Escolar da EB Campelos, uma iniciativa (em continuidade) da Biblioteca Municipal de Torres Vedras para alunos do ensino inclusivo e turmas alargadas. Esta proposta é simultaneamente um momento de capacitação dos professores de educação inclusiva deixando pistas para a prática educativa. A prática escolhida foi o Eu sou Tu, uma oficina onde se parte do corpo chegar à construção coletiva de histórias. Como misturar o meu corpo com o teu e com o dele? Claro, que só em grandes folhas de papel de cenário, recortando com um grafite grosso o nosso contorno, somando tudo no suporte. Tudo pode acontecer sobre uma grande folha de papel, de repente transformada no céu, no mar ou num cenário quotidiano onde as nossas personagens de repente ganham vida. Ao longo de 90 minutos aprendemos a trabalhar em conjunto, grupos de 5 elementos, criando pequenas histórias ilustradas em grande formato. Esta proposta, que parte do corpo real de cada um e cada uma, contribui para o desenvolvimento corporal/motricidade, numa estratégia lúdica e envolvente, que promove a cooperação, a escrita criativa, o grafismo e a expressão plástica. (da sinopse)


Trabalhei com um grupo misto do Ensino Básico. Antes de começarmos a desenhar, fizemos um grande círculo e propus algumas brincadeiras sonoras como corpo, para acordarmos as ideias. Esta simples “brincadeira” permite identificar rapidamente algumas dificuldades de coordenação motora e comportamento no contexto de grupo. As crianças sinalizadas vinham acompanhadas pelos seus colegas tutores – todos trabalharam concentrados durante todo o tempo da oficina(!). Foi bom contar com a ajuda e participação ativa da Professora Bibliotecária Marta Rodrigues, com Goretti Cascalheira coordenadora da Biblioteca Municipal e com a assistente da biblioteca Sara Pereira, no desenvolvimento do trabalho dos pequenos grupos que se constituíram para criar as personagens coletivas. De repente escutei um comentário de uma das alunas -”Usámos o nosso corpo para fazer este desenho...” O desenho final, a personagem não é minha nem tua – é nossa; ela é o somatório de diferentes partes do corpo, contando uma história coletiva que pode ser aprimorada depois de terminada a oficina. Os dois grandes painéis de papel ficaram incompletos à espera de um novo momento para serem terminados, agora na vertical, numa parede próxima da Biblioteca Escolar.

Lançando a primeira proposta de texto.
Daqui para a frente, entendendo o funcionamento dos balões de banda desenhada e as legendas,
 o grupo seguirá autónomo, acompanhado pela equipa docente.


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