Abriu a temporada de "Caça" às texturas!


16 e 17 de Julho 2021

Tiveram lugar na vila da Sertã

as primeiras quatro oficinas do “Caça-Texturas”

incluídas no programa “Caminho das Pessoas”

promovido pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo

Foram dois dias muito quentes passados na Sertã; não me refiro apenas ao clima, mas também ao calor da hospitalidade de que desfrutei. De qualquer forma, tivemos de alterar o percurso para zonas de sombra, para que a “caçada” decorresse confortavelmente. Esta oficina, que continua a fazer estrada ao logo dos últimos 18 anos, aborda os espaços urbanos como matéria para o seu desenvolvimento. Pequenos grupos de “caçadores artistas” percorrem as ruas, praças, jardins, lojas, lugares de património, à procura de diferentes texturas que se podem encontrar um pouco por todo o lado; constroem-se coleções de texturas de vários tamanhos em papeis de formatos variados. Usamos lápis de cera e grafites gordos para fazer essa recoleção, guardada sobre papel. Ao longo do percurso, promovemos o trabalho em tandem (par/bicicleta de dois lugares) e também em grande grupo, propondo métodos colaborativos para se obter um belo e grande resultado artístico. À medida que a caminhada de faz pela vila ou cidade, o olhar apura-se, identificando detalhes que passam desapercebidos no quotidiano; ficamos a entender que existe, mesmo, uma diferença entre olhar e ver... Esta oficina é naturalmente inclusiva e transversal nas idades e origens dos públicos. 


Contei com o apoio e o profissionalismo de Dora Vitória, Mediadora Cultural e Turística (Casa da Cultura da Sertã), que coordenou e desenvolveu comigo esta oficina, não perdendo a oportunidade para referir e explicar alguns pontos de grande interesse pelos quais passámos, e sempre carregada com papel e lápis, acorrendo aos pedidos das crianças e professores... No primeiro dia, contámos com a presença das crianças, professores e monitores da oferta de férias promovida localmente. Um menino especial chamou-me a atenção: foi um gosto vê-lo a cooperar com o seu par e participando com empenho ao longo do caminho. O Sábado de manhã foi dedicado às famílias, e lá andámos pela zona das lojas, rente à ribeira, caçando texturas dentro de lojas e nas ruas ruas. No final montou-se uma exposição num pequeno jardim à beira-rio. Como despedida, ainda contei uma história à sombra das folhas de papel e das árvores. Da parte da tarde, foi a vez dos escuteiros – tivemos de andar pela sombra durante a nossa recolha – terminámos na sede do CNE com uma pequena exposição dos trabalhos.

Terminei os meus dias na Sertã com uma visita à bela exposição dos pássaros de Maurício Leite; acabei por ficar com um belo catálogo/livro cheio de aves e poemas (selecionados por uma equipa ilustre...). Valeu! (como se diz no Brasil).

O Caça-Texturas apresenta-se, de novo, a 7 de Agosto em Constância.




Comentários

Mensagens populares