Olhinho em ti
A pera e a maçã foram feitas pela criança...
Hoje venho falar-vos de uma
ferramenta muito simples e barata que também uso na promoção do jogo simbólico (faz de
conta): os olhinhos de plástico que se compram em bazares chineses ou em papelarias.
Os olhinhos colam-se a qualquer objeto atribuindo-lhe, imediatamente, uma
personalidade, convidando à criação de diálogos. Um marcador grosso (do género Sakura ou Edding 3000) servirá para fazer boca e nariz (também pode ser feito com com autocolantes coloridos); é bom que se proponha à criança que colabore na construção da personagem. Aproveitamos a ocasião para
estabelecer um diálogo animado que aos poucos vai acrescentando
conhecimentos no contexto da brincadeira: “Ó Dona laranja, como é saborosa!
Posso fazer um sumo consigo?” Diz a banana à laranja(...) Poderemos ir ampliando o
universo da proposta com intertextualidades, basta ter uma biblioteca por perto
que tenha o livro “A surpresa de Handa” (saber mais sobre este livro) ou outro
que venha mesmo no seguimento. E de repente, passámos a conhecer outras frutas,
outros animais, um diálogo entre crianças, o mundo… Quem sabe a atividade não
termina com uma salada de frutas… Esta pequena nota serve também para relembrar
a importância de pensar articuladamente, numa relação direta com as
experiências diretas do meio, de preferência com um projeto bem estruturado.
O que é simples parece fácil. Que bom! E no entanto, do saber que se incorpora ao gesto depende o impacto da ferramenta. Uma boa ideia, uma bela ideia - ou duas, pelo menos, se forem olhos humanos :)
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