"Não me
lembro quando é que se instalou a cotação do Baleizão lá em casa, mas
lembro-me muito bem da minha Mãe utilizar o Baleizão sempre que eu queria uma
coisa que os meus pais não tinham possibilidade de comprar. Dizia-me assim:
Sabes, isso não posso comprar porque é muito caro. E eu perguntava, caro,
quanto? E ela dizia, muitos Baleizões! Às vezes, quando eu insistia, dizia-me
a quantidade, 5, 10, 20, ou 30, conforme os casos.
O Baleizão,
que a minha mãe utilizava para cotar o valor das coisas impossíveis, era um
gelado de uma cervejaria com o mesmo nome, da cidade onde eu vivia. Luanda,
em Angola. Custava 2$50!"
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Esta é a carta que dá início ao exercício de
memória e de celebração da vida, entre dois amigos, realizada através da troca
de cartas, textos, desenhos e fotografias sobre as suas infâncias vividas há
cerca de 50 anos.
Aldara
Bizarro | conceção e direção
Miguel Horta e Aldara Bizarro | cocriação
Museu do Dinheiro (Banco de Portugal)
Informações úteis
› Largo de S. Julião, Lisboa (Baixa/Chiado)
Reservas
› T. +351 213 213 240
› info@museudodinheiro.pt
› Entrada e participação gratuitas nas atividades
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"BALEIZÃO, o valor da memória" Aldara Bizarro+Miguel Horta
ResponderEliminarDepois da estreia no Museu do Dinheiro, aqui vão as datas e locais dos próximos espectáculos.
29 de maio – 14 h – SMUP (Sociedade Musical União Paredense) – Rua Marquês de Pombal (ao pé da estação) – Parede (Entrada Livre)
1 de Junho – 10.30 h e 14.30 h – Museu do Dinheiro (Banco de Portugal) (Entrada é livre, mas com reserva -Telefone: 351 213 213 240)
3 de Junho – 21.30 h – Centro das Artes do Espectáculo – Sever do Vouga