Oficinas do Folio Educa: Duplas de artistas e professores bibliotecários + alunos fantásticos!
Foto tirada no final do último plenário dos "Oceanutópicos" - Uma gente gira...
O Folio, Festival Literário Internacional
de Óbidos já começou. Na realidade, para nós mediadores/artistas , começou muito
antes, convocados por Maria José Vitorino, curadora do Folio Educa, temos vindo
a construir as nossas intervenções. Susana Pires (minha colega mediadora
cultural) apresenta a seu projeto “À (re)conquista do Mundo”, realizado a par
com o professor Luís Germano e alunos do Agrupamento de escolas de Óbidos.
Lê-se assim sobre esta proposta:
“Se, como já dizia o poeta, a utopia é como a linha do horizonte,
inalcançável, que se afasta um passo a cada passo que damos ao seu encontro,
ela é também aquilo que temos dentro que nos faz continuar sempre a caminhar.
Um fulgor interior que não permite que deixemos de sonhar. Num tempo em que
fortes ventos de mudança abalam a História, é, pois, urgente empenhar alma e
coração num futuro feliz, livre, justo e sustentável para o mundo. É altura de
sonhar o impossível. Em Utopia,
escrito em plena época dos Descobrimentos e das Conquistas das terras e das
gentes do Novo Mundo das Américas pelos europeus (1516), Thomas More descreveu
essa ilha exemplar ainda hoje inspiradora em tantos aspetos, e que ofereceu o
nome a todo o ideal de sociedade. Este livro servirá de alavanca propulsora
desta oficina onde, ao arrepio de todas as leis, simularemos, à pequena escala
da vila de Óbidos, a reconquista do mundo. Desta vez, com poesia em bandeiras
de utopia”. Promete… Já Miguel Horta (artista plástico e mediador da leitura)
que tem vindo a trabalhar com os alunos do Agrupamento de Escolas Reinaldo dos
Santos (Vila Franca de Xira) em perfeita cumplicidade com a professora bibliotecária
Hermínia Falcão Valente, fala assim do projeto “Oceanutópicos”: “Uma oficina de
pensamento, oceano e utopia que promete interpelar os transeuntes e seduzir os
jovens de Óbidos para a causa dos Oceanos. Pensamento, Palavra, Escrita, e
Construção plástica, numa intervenção pelas ruas.A oficina Oceanutópicos
(batizada assim por votação dos jovens participantes) já começou no Agrupamento de Escolas Reynaldo dos
Santos, em Vila Franca de Xira. Uma oficina que cruza a temática do livro Utopia de Thomas Moro com a urgência de
pensar o mar. As sessões vêm realizando-se na bela biblioteca escolar da escola
mãe do agrupamento e reúnem 20 participantes do 4º,8º e 11º ano num diálogo
democrático e participado, transversal às diferentes idades em presença.
Optámos pelo trabalho em pequenos grupos de reflexão temática que produziram
pequenos textos afirmativos onde se propõem visões de futuro para os mares num
exercício de transgressão criativa que vai crescendo a cada nova sessão
realizada na biblioteca escolar. Em debate tem estado a forma como vamos
partilhar o pensado e escrito pelas ruas de Óbidos, cativando transeuntes e
alunos das escolas locais, para o tema da Utopia com sabor a Mar. Peço que nos
desculpem por não divulgarmos (ainda) o que estamos a preparar – não queremos
estragar a surpresa…” Mas podemos adiantar que alguma coisa interventiva vai
acontecer em Óbidos no dia 28 de setembro… Já Luís Mourão (com Ana Paula Cardoso) está a preparar um
espetáculo com os alunos do Agrupamento de escolas de S. Martinho do Porto: “Em muito poucas mas muito intensas sessões de trabalho
com os alunos e professores da Escola Básica 2,3 do Agrupamento
de Escolas de São Martinho do Porto se
construiu de raiz um texto a partir das palavras de cada um dos membros do
grupo e das múltiplas utopias que nelas se leem; procurou-se, noutros
enunciados utópicos – Thomas More, Eduardo Galeano... - forma de lhe dar alguma
consistência narrativa e, finalmente, traduziu-se tudo num pequeno espetáculo de
Teatro. Chamámos-lhe “Utopias Privadas”. É este espetáculo que daremos a ver”. Destaque, ainda, para a oficina de Margarida Mestre “Voz e
fisicalidade”: “Oficina
de Voz e Fisicalidade sobre
palavras, frases e pedaços da obra Utopia de Thomas More. Encontraremos forma de nos
apropriarmos das suas palavras e de as fazer nossas. Daremos relevo à
oralidade, à musicalidade da linguagem, à fonética e aos coros vocais e físicos”.
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