O Projeto "10x10" 2016 já está na estrada!
No verso da fotografia lá estava a dedicatória: "Um amplexo fanucho" a lembrar que as "Palavras Marcianas" também passaram pela residência.. |
Acaba de terminar a última residência artística do Projeto 10x10 (Fundação Calouste Gulbenkian); é a quinta vez que esta proposta se repete, reunindo professores e artistas
dentro da sala de aula, em busca de um novo caminho pedagógico nas secundárias
do país. (vale mesmo a pena conhecer as edições anteriores). A mudança começa
no desassossego da ideia, confirmando o cansaço e o insucesso dos modelos
estafados. Mas para pensar algo novo, que contribua como uma golfada de ar fresco
para a mutação dos modelos pedagógicos, implica uma grande dose de humildade,
entrega e permanente reflexão sobre cada questão levantada ao longo do
processo. É neste desafio que me incluo, sem reservas, talvez porque sempre
acreditei nas miragens, ou porque este ano se comemoram os 500 anos da ilha de
Thomas Moro. Vai-se lá saber das motivações de um artista… (dirão alguns). Apenas
posso afiançar, de modo egoísta, que esta semana de trabalho numa das belas
salas da Fundação Calouste Gulbenkian, realmente mexeu comigo, por dentro na
minha prática artística, confirmando o compromisso social e educativo do meu trabalho.
Conheci colegas/artistas novos e uma boa mão cheia de professores do ensino
secundário, sobretudo a equipa com quem vou trabalhar na Secundária Seomara da
Costa Primo (Amadora). Os que vão ficar mais longe, podem sempre contar comigo -
sou fácil de encontrar… É sempre um prazer imenso estar com a Dina Mendonça que não
se cansa de nos levar a pensar, com a magnífica Aldara Bizarro que sempre traz
o corpo para o campo da educação (obrigado por me teres feito dançar de mãos
dadas e olhos fechados) ou António Pedro que, com muito pouco (meios simples),
nos ajuda a fazer surgir música e comunicação. Vieram outros colegas…como a
Carla: perdemo-nos num arquipélago de almofadas, do qual só poderíamos fugir
colaborando entre todos. A silenciosa Rosário Costa trouxe a simplicidade da
interrogação, por isso aqui fica uma bela foto (com dedicatória) obtida através
do método “Pinhole”, capturada no
metropolitano de Lisboa. Retive as imagens das montras de Loulé, fixadas por
Miguel Cheta, pois trouxeram um Algarve que estava adormecido dentro de mim, para o terreno da residência. Em cima de uma mesa ficou um coração de porco,
palpitando…e não para! Não para…
Ao longo dos próximos meses aqui vos darei conta desta nova viagem!
post scriptum: Temos uma fada chamada Judith...mas dessa falaremos depois... ;)
post scriptum: Temos uma fada chamada Judith...mas dessa falaremos depois... ;)
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