A Árvore da Poesia
Ao grito de "Columbina!" todos soltaram as aves.
Na imagem Nelson Batista, grande entusiasta deste projeto.
Foto de Hermes Picamilho
Ainda sobre o projeto Columbina, refletindo sobre a forma
como levámos as crianças à escrita poética em Beringel e na Biblioteca
Municipal de Beja. Habitualmente, utilizo a Máquina da poesia na sua forma original,
um painel coletivo, na parede, onde todos vão colocando palavras divididas por
4 categorias. Verificámos que as crianças mais pequenas e os alunos com
necessidades educativas especiais (défice moderado) tinham dificuldade no
entendimento do “enunciado”. Assim, a proposta foi alterada, simplificada para
3 categorias (verbos, adjetivos e nomes) assumindo a forma de uma árvore, a “Árvore
da Poesia”: forra-se uma grande mesa com papel de cenário e as crianças
circulam à sua volta fazendo –a crescer a partir de ramos temáticos,
introduzindo palavras. As folhas são nomes, os frutos adjetivos e as flores
verbos. Quando a árvore estiver frondosa de palavras, começas a recolher
flores, folhas e frutos para construir os seus versos, que mais tarde serão
presos às patinhas dos pombos. Este trabalho tem que ser mediado com
delicadeza, encontrando momentos pessoais para que os alunos façam sair
intuitivamente (de forma livre e não direcionada) as palavras que têm dentro de
si. Foi assim que fiz com a preciosa ajuda da Lénia Santos e da Paula Martins.
"Árvore da Poesia"
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