O anel da "caganita" e o trabalho com autísmo
No meu trabalho
com autismo, recorro muitas vezes a pequenos “truques” para captar a atenção
para a comunicação, pequenos estímulos utilizados com parcimónia aos quais se
segue uma proposta de “trabalho”. Na minha coleção destas pequenas coisas tenho
passarinhos de água, caixinhas de música, apitos divertidos, pequenos adereços
e …o “anel da caganita”. Este nome estranho deve-se a uma história divertida
que costumo contar aos meninos (escutada a primeira vez a Maria João Silvestre).
Pois este anel que serve de adereço à história acabou por se revelar muito útil
no trabalho com estas crianças fechadas dentro do seu universo próprio. Serve de anel, brinco ou pulseira. Já tenho combatido o medo do escuro fazendo brilhar o anel, primeiro na penumbra e depois na obscuridade; a força do brinquedo é tal que esses meninos acabam por aceitar a penumbra para poderem disfrutar daquela luz ativa. Atenção: é importante certificarmo-nos que a criança não tem níveis de epilepsia elevados (este pequeno truque pode desencadear uma crise...) Mas o
que serve para uns, não serve para todos pois, como me dizia uma técnica de
Torres Vedras, “cada um é um caso, com o seu atalho próprio”. De qualquer forma
tendo a procurar este tipo de pequenas brincadeiras para o meu trabalho,
obtendo algum sucesso. Mas onde vou buscar estes materiais? Não a grandes lojas
didáticas mas sim a feiras, lojas de caça, aqui e acolá mas, sobretudo à “loja
dos chineses”. Talvez esta dica vos ajude no trabalho…
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