Um estendal de palavras pelos caminhos de Pombal

Querem aprender a minha técnica de coleccionar palavras por esses caminhos fora? Assim começa o desafio dos “Cuentos del camiño” que tiveram lugar ao longo desta Primavera pelas aldeias de Pombal. Recolher palavras para inventar uma história. As crianças do “primário” sentam-se no chão procurando primeiro palavras importantes ou de que gostem muito dentro delas; lá surge “Amizade”, “Mãe”, “Amor” ou “Brincar”; escrevem-nas em tiras de papel. Depois procuramos palavras pelo jardim com a ajuda dos nossos olhos: a palavra “pedra”, a palavra “nuvem” ou uma palavra difícil de escrever para os meninos do 1º ano:”borboleta”. Lá voltamos a registar numa tira de papel. E que tal coleccionar as palavras de um conto? O mediador conta uma história para as crianças atentas ao desenrolar do fio narrativo. E mais um pequeno grupo de palavras escrito nos papeis onde não falta a palavra “bruxa”, “príncipe” ou “verdade”. Por fim decidimo-nos a coleccionar palavras nas colecções dos outros…sim! Os livros são recolhas de palavras…Não é assim? E que bela colecção que fizemos com um poema do António Torrado… Como se têm que arranjar um suporte para construir a nossa história, estendemos uma corda, parecida com o nosso fio narrativo, pela sala de aula ou biblioteca escolar. Depois, é só começar a inventar, prendendo as folhitas ao nosso “estendal de palavras” com ajuda de molas de roupa. Ao princípio é difícil encontrar um sentido para as histórias que vão surgindo. Algumas até são meias malucas. Mas conseguimos! Depois é só escrever numa folha à parte para não nos esquecermos… E pronto: Vitória! Vitória! Acabou-se a história.

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