Tanto Mar!
Desde o início do ano
já passei por 8 grupos
fora de portas
levando comigo o Mar
e a visão única de dois artistas
fora de portas
levando comigo o Mar
e a visão única de dois artistas
sobre os Elementos
Esta
oficina trabalha o conhecimento das obras de arte, fomenta o
desenvolvimento de uma opinião estética individual, reforça a
capacidade de interpretação do que é visto; depois trabalha o
movimento do corpo, ondulante como as vagas, a velocidade do vento
espessa em grafismos livres que acontecem em grandes folhas de papel,
o desenho da chuva (consegue-se escutar o som do grafite desenhando
as bátegas sobre papel)... A vida dos autores, enquadradas pelas
respetivas épocas é abordada de forma acessível e adaptada (às
vezes narrada como num conto), assim como alguns conceitos da
história de arte. Não podendo transportar as obras de arte para a
escola, projetamos imagens com boa definição sobre a parede, sempre
que possível à escala. Mostro imagens de navios do séc XIX,
enquanto conto alguns episódios interessantes da aventura artística
de Turner. Durante esta hora e maia de ateliê falamos muito sobre o
mar e surge sempre mais um conhecimento novo sobre os oceanos. Os
grupos são variados e sublinho aqui a adaptação específica que é
necessário fazer para a presença de perturbações do espectro do
autismo, concomitantemente com a respeito das características
próprias de cada nível etário. O grande desafio é conseguir a
comunicação, um vínculo conquistado durante hora e meia de
oficina, fixando os nomes de cada um e atendendo a situações
individuais; criada essa empatia, o nosso Museu fora de portas flui
naturalmente. Não
há uma oficina que seja igual à outra; como se existisse um perfil
específico de cada grupo de participantes a que é necessário
responder, o que acontece por intuição e o gosto do mediador
cultural. Espero que esta oferta se mantenha e que sejam convidados
jovens mediadores a executarem esta bela aventura educativa.
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