Possíveis abordagens da obra "Rimas Salgadas"

 

Rimas Salgadas
Miguel Horta
2ª Edição
Grácio Editor

Respondendo a um desafio lançado pelo Plano Nacional de Leitura, aqui ficam algumas abordagens possíveis da obra, do ponto de vista do autor. Este livro remete-nos para a Biologia e Literacia Oceânica; permite a qualquer mediador ou docente estabelecer diversas pontes, quer através do texto, quer partindo das ilustrações. É possível a poesia através da biologia; o rigor científico é afinal muito próximo da arte. Cada poema tem a sua toada, o seu ritmo, permitindo uma leitura em voz alta dinâmica e divertida. Existindo talento e uma viola, podem muito bem ser musicados como aconteceu na Secundária Padre António Vieira em Lisboa. Partindo do livro é possível criar diversas brincadeiras coletivas ou individuais que aos poucos vão desenvolvendo a literacia Marinha a par do gosto pela leitura.

Desafio de escrita

No poema inicial, a lapa, sugere-se a presença de uma pessoa, homem ou mulher. A que tipo de personalidade se refere o autor? Consegues, numa frase, descrever a situação de quem fala.

Ler expressivamente, brincar com o som e interagir com o público.
O Relato, como o nome indica, deve ser lido em voz alta, como se fosse um locutor descrevendo um desafio de futebol. A assistência deve aplaudir a aventura, a cada quadra dita. Como em todas as competições existe um árbitro em campo, neste caso o Senhor Pampo; importa ter um apito pronto, que soará com a intervenção do juiz.

Desafio de escrita e ciência
Partindo do poema Onde nascem as estrelas, podemos falar de Biologia Marinha e do Cosmos, ficando a conhecer melhor os estranhos Equinodermos. E que tal dar um saltinho até ao firmamento. Afinal esta estrelinha nasceu no céu ou no mar? Sabiam que as estrelas do mar são muito comilonas e que se fartam de comer mexilhões, peixes e até outros equinodermes? Sabiam que no cosmos existem maternidades de estrelas? Qual a diferença entre as estrelas do céu e as do mar? Toca a pesquisar


Ler ritmadamente o poema e brincar com o som.

Apresento-vos o cachalote Bonifácio - podem ler ritmadamente a descrição da sua biologia. Ver fotografias de lulas gigantes – o petisco favorito de Bonifácio. Sabem que antigamente se caçavam baleias no nosso país? Ora vamos lá até à ilha do Pico (Açores) Escutar gravações do som emitido pelos cachalotes e outros cetáceos. Mas afinal como é que o cachalote encontra a sua refeição no meio da escuridão da profundidade oceânica? Falar do sonar dos submarinos e de outros sistemas de localização de outras espécies como o morcego.

 
Proposta de atividade inclusiva: O jogo da Eco-localização.
O grupo é dividido em pares. Cada dupla combina um som/vocalização que apenas eles emitem. Por exemplo: Poing! Poing! Poing!, Tá !Tá! Tá!, Tchac! Tchac! Tchac!, ou até Miau, Miau. Um elemento de cada par é vendado. Os participantes vendados distribuem-se pela sala e são baralhados para que não saibam a localização dos seus parceiros. A um sinal dado, todos os jogadores não vendados começam a emitir, ao mesmo tempo, o som combinado, sem sair do lugar. Os colegas vendados terão que percorrer a sala para se reunirem ao parceiro, guiados apenas pela escuta do som pré-definido. Esta atividade é muito interessante com alunos cegos que a fazem com grande facilidade.

Ler ritmadamente o poema e brincar com o som.
No poema Sardinha, começar por ler lentamente (pode ser de forma cantada) e ir acelerando a leitura, estrofe a estrofe, até ao grande final (enfatizado) da sardinhada.

Desenhar, mentir e escrever.

O poema Água Viva fala de algumas características das medusas (alforrecas).Inventa uma espécie imaginária, uma espécie de mentira biológica, de uma forma tão verosímil que consigas convencer os teus colegas que esse animal é verdadeiro; vai obrigar a uma grande pesquisa, pede ajuda ao teu Professor Bibliotecário. Recorre primeiro à escrita, como se estivesses a criar um manual ou um álbum de zoologia. Depois, de lápis na mão, como fez o ilustrador do livro, dá corpo sobre papel ao animal que imaginaste. Inventa um nome científico para a criatura e não te esqueças de acrescentar um conjunto de curiosidades biológicas. No final, reunimos todas as propostas num manual de quimeras.

Ler ritmadamente o poema e brincar com o som.
Neste poema conta-se a aventura de um pequeno gobio, Zé Maria, falando da sua biologia e habitat. E que tal ler esta história com ritmo de Hip-Hop? Podem procurar na Internet um beat (batida) de utilização gratuita, para servir de base sonora sobre a qual poderá ser dito o poema. Este texto funciona bem noutros ritmos, como corridinho ou samba.

Bem, por agora é tudo. Amanhã já sei que me vou lembrar de outras propostas




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