Bibliotecas Escolares do Forte da Casa: Pim, Pam, Pum!

 

Já aqui vos falei das lengalengas, trava línguas tradicionais ou pequenos jogos cantados da tradição oral portuguesa, e da possibilidade que abrem para diversas aprendizagens, como por exemplo o “Pico pico sarapico”, trabalhando a motricidade fina (mobilidade dos dedos) a matemática, o ritmo ou a “Linda falua” que para além do ritmo trabalha a evolução do corpo pelo espaço (coreografia) e o raciocínio sequencial. Vem isto a propósito dos cursos PTAI do Agrupamento de Escolas do Forte da Casa onde a Laredo Associação Cultural tem vindo a intervir, no contexto da Biblioteca Escolar (Movimento 14-20 Ler+ Plano Nacional de Leitura), com estes alunos do secundário (3 turmas), divulgando metodologias não formais que aproximam estes jovens da leitura da escrita e da arte. Sentimos que o período de confinamento conteve também estes alunos na expressão do corpo e movimento. Ora para futuros auxiliares da tarefa educativa convêm saber usar o corpo, primeira ferramenta para qualquer mediação cultural. Se pegarmos nestas lengalengas e jogos musicais para a infância e se propusermos uma abordagem contemporânea da sua expressão em momentos de aprendizagem não formal, com música, espaço e liberdade, veremos estes amigos a reflorir. O “Pico pico” no ritmo da batida do Hip Pop é muito divertido, a “Linda falua” com outras evoluções pelo espaço, movendo os corpos, tornam esta “matéria” divertida, abrindo a apetência para outras aprendizagens. E os exemplos não ficam por aqui, basta estar atento e incorporar na matéria educativa, de forma livre e imaginativa, peças do nosso “cancioneiro”. Apetece-me referir, com um exemplo da minha geração, a banda Kussumdulola que se se divertiu bastante ao apropriar-se de uma destas lengalengas da nossa tradição oral, para passar uma mensagem muito séria – ora escutem.

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