Os mistérios da CDU
Nas últimas sessões do “Leituras em cadeia”, Maria José
Vitorino, companheira de projeto, tem vindo a trabalhar com as “residentes”
(reclusas) diversos aspetos da biblioteconomia. A tarefa do desbaste,
aparentemente simples, acabou por se revelar didaticamente complicada,
dando-nos uma imagem clara do percurso do livro à chegada, até ao momento de
queda em desgraça; mas aprendi que não vai para o lixo… É muito interessante
ver como a Maria José vai comunicando com as reclusas responsáveis da
biblioteca prisional do E. P. Tires (Pavilhão A). Tenho até uma ponta de
inveja: como mulher que é, tem acesso privilegiado ao universo das reclusas.
Trata-se, portanto, de uma formação no feminino. Até eu estou ser introduzido
no misterioso mundo da Classificação Decimal Universal. O que é certo é que
todo este labor em torno da organização do espaço de leitura está a dotas as
detidas de um conhecimento bem razoável da coleção, ficando em condições de
aconselhar um livro a quem anda perdido pelas estantes. Cada vez gostamos mais
deste projeto.
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