Projeto COLUMBINA 2014: A solta dos pombos.


Terminou hoje mais uma edição do projeto COLUMBINA. Uma intervenção que se prolonga no tempo em oficinas de escrita poética envolvendo gentes de todas as idades e condição, culminando na solta de pombos portadores de poemas. Este ano estiveram envolvidas diferentes vilas, cidades e aldeias: Beringel, Santa Vitória, Beja e Castro Verde. Sem os Columbófilos e Mediadores da Leitura nada disto aconteceria. A esta vontade de voar juntaram-se bibliotecários, professores, professores bibliotecários, funcionários dos municípios, animadores, autarcas, pais, crianças, jovens e velhos vindos de diferentes pontos dos concelhos de Beja e Castro Verde. Em Beringel reuniram-se no largo fronteiro ao Centro Cultural mobilizando professores e alunos em torno dos pombos de um vizinho columbófilo e…leram-se poemas! Na Feira da Água reuniram-se os “Papa Livros” (grupo de leitura , pais e filhos, da Biblioteca Municipal de Beja), de Santa Vitória chegaram poemas escritos pelos mais velhos da aldeia, vindos de sessões de leitura nas aldeias promovidas pela Biblioteca Municipal. Em Castro Verde, em frente à Biblioteca Manuel da Fonseca, reuniram-se os jovens do 5º e 8º ano, a par de meninos e meninas mais pequenos. Em todos os locais de solta dos pombos os columbófilos explicaram o ofício deste desporto ajudando na colocação dos poemas (escritos em pequenas folhas de papel) cuidadosamente agarrados às patinhas dos pombos. À hora marcada soltaram-se os pombos com a sua preciosa carga. Em castro Verde ao som do grito COOOLUUUUBIIINAAA! E lá foram cruzando os céus.
Solta em frente à Biblioteca Manuel da Fonseca (Castro Verde)
Depois foi o tempo de espera da chegada das aves em tês diferentes pombais. Chegado o pombo, é necessário retirar o pequeno papel das patas e ler o seu conteúdo poético aos curiosos participantes. Como manda a tradição, tem lugar um lanchinho de convívio à boa maneira do Alentejo.
Este ano tivemos a presença de columbófilos de Ourique que foram ao quintal do nosso amigo Quinito com vontade de levar o projeto para a sua terra… Vamos crescendo!
Castro Verde: Uma forte presença dos jovens...
Quero aqui agradecer aos amigos da aldeia columbófila de Beja: Jacinto Fialho, António Simão, Manuel Mareco, Valentim Bicas, António Sardinha, ao senhor Luís e à família Reis, Jorge Ratinho, Jorge Trigacheiro, Gonçalo, francisco Pardal e Luís Páscoa. Cá vai um abraço para os Asas Verdes (Castro Verde): Quinito, Hélder, Fernando Ferrão, Manuel Estácio, Valter, Cavaquinho, Sténio e Carlos Rodrigues.
Obrigado aos amigos de Beringel: Manuel António Camacho, José Alexandre e Luís Gabriel.
Como uma festa não fica completa sem o petisco: Obrigado à Associação Columbófila de Beja e aos Asas de Beja, sem esquecer o Hermes que esteve ao grelhador. Em Castro Verde foi o município (que muito tem acarinhado esta iniciativa) e o quinito que garantiram o lachinho. Obrigado á Federação Portuguesa de Columbófilia e aos dois amigos de Ourique que vieram ver a nossa aventura.
Obrigado mediadora Ana Isabel, Zé Eduardo e Cristina Taquelim (mais a sua magnífica equipa da biblioteca).
Por fim um abraço para ti amigo Nelson Batista: sem ti ao meu lado, não se voava…
Talvez as fotos que aqui publico falem por si...

Para quem não conhece bem o projeto COLUMBINA, aqui fica uma pequena explicação sobre a organização deste evento:
Já imaginou a possibilidade de enviar um pequeno poema para outra terra bem agarrado a uma pata de um pombo? E se um pouco mais tarde, num pombal perto de si, recebe-se um outro poema enviado por um desconhecido de outra cidade, vila ou aldeia? “Interessante”. Pensará. “Mas eu não sei escrever poesia…” È aqui que entra a realização de uma oficina de criação poética chamada “A máquina da poesia”. Apostamos consigo que o vamos transformar em poeta em 45 minutos. Como funciona esta oficina? Ora espreite AQUI.
Este acontecimento poético voador só é possível com a colaboração afincada dos columbófilos locais. E sabe o que é a columbofilia? Para que tudo isto ganhe corpo é fundamental a presença das Bibliotecas e de um mediador do livro e da leitura. Ficam assim reunidos todos os ingredientes para uma grande festa de poesia

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