Contos da Azenha Velha 2

 

Cristina Taquelim

Uma narradora singular
nos "Contos da Azenha Velha"

No Sábado dia 20 de Julho, recebemos na nossa Biblioteca Comunitária a Narradora Cristina Taquelim. Como soube bem... Cristina trouxe o Algarve com ela, relembrou o Raul de Alvor e as suas pragas que fizeram rir todos que acorreram a mais um “Contos da Azenha Velha”. Lembro-me de ver o Raul de Alvor descalço , calcorreando a estrada de Alvor com um balaio de conquilhas (condilipas) à cabeça, para ir vender à praia da Rocha. Os meus companheiros de traquinice da praia do Vau , os mais velhos, atiravam-lhe figos para que ele dissesse palavrões em alvoreiro ou rogasse uma praga. Temos esta personagem em comum, na nossa infância - Era famoso por aquelas bandas.

Escutámos, também, do Alentejo, as histórias e ditos da sua amiga Mariana. A nossa narradora foi aos poucos estabelecendo um elo com os escutadores (eram talvez 48), atenta aos olhares e reações, entabulando conversa com o público, semeando a magia dos contos. Ficou bonita a nossa sala. Aos poucos vamos juntando público da comunidade de gente muito variada.

Cristina Taquelim é transbordante e intensa na comunicação e na vida. É daquelas pessoas que andam acordadas pelo mundo e contribuem para a sua transformação.
Para além de narradora incontornável no movimento de narração oral, responsável pelo nascimento do encontro “Palavras Andarilhas” (Beja), desenvolve projetos de intervenção no campo da mediação cultural, sabendo bem que a palavra e a comunidade andam juntas. Esta atenta Mediadora da Leitura, nasceu em 1964 na cidade de Lagos e licenciou-se em Psicologia tendo feito a pós graduação em Ciências Documentais. Faz parte da Cooperativa Chão Nosso. Cristina Taquelim é, igualmente, autora de literatura infantojuvenil. Publicou "Malaquias" (2008); "Na minha casa somos sete" (2009); "Uma casa na Lua" (2011); "Corrupio" (2013 ; "Avó de Coração" (2019) e "Teodora e o Mistério dos Cachapins" (2021).
“Por ter a cabeça cheia de perguntas e viver quase sempre deslumbrada com a vida, recusa-se a viver sem estar espantada por existir”.

A nossa próxima sessão será a 21 de Setembro, mas ainda não sabemos quem virá contar histórias.

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