Ler e dar a ler

 


Ler e dar a ler

Ao longo deste ano letivo, levámos ao Alto Alentejo e a Trás-os-Montes as nossas oficinas de mediação leitora, inseridas no programa “Ler e dar a Ler”/ Plano Nacional de Leitura (“leitura orientada na sala de aula”), a turmas do 3º ano de 10 escolas do país, em preciosa articulação com os Professores Bibliotecários locais. Cada turma tem uma realidade distinta, um Perfil Leitor específico, ditando um modo próprio de desenvolver a atividade. Trabalhei com turmas que aderiram imediatamente à proposta, demonstrando grande autonomia criativa, outras crianças tiveram mais dificuldade em mergulhar no pensamento poético por estarem mais formatadas na resposta “como deve ser”. Ainda, outras turmas, mereceram uma atenção especial pela inclusão de alunos com necessidades educativas específicas. No geral, considero que estas intervenções correram muito bem, tendo siso muito bem preparadas pela coordenadora interconcelhia da RBE, Fátima Bonzinho. Em vários casos foi bastante evidente a “cumplicidade” dos professores bibliotecários e os professores titulares de turma, a quem deixo um abraço reconhecido – não é qualquer uma que aceita que as crianças desarrumem a sala de aula, logo no início, preparando a ambiente para a leitura, a voz e a escrita.

A cada projeto desta natureza, a Laredo Associação Cultural aprimora as suas propostas e o mediador de serviço aprende mais um pouco; sobretudo fica-se com um retrato mais completo da situação educativa no nosso país – o interior não cessa de nos surpreender... O fotógrafo Samuel Amaral registou as sessões da Laredo, estando em fase de montagem um pequeno vídeo que dá ideia dos dias vividos aos saltinhos de terra em terra.

De olhos vendados, a Poesia...

Diz a Laredo sobre este trabalho...

Ler e Dar a Ler foi um convite endereçado pelo Plano Nacional de Leitura em 2022 a alguns mediadores da leitura para abordar a Leitura em sala de aula no 3º ano do ensino básico. Dividimos a nossa intervenção em duas partes, uma primeira de experimentação poética, onde não faltou a leitura em voz alta, com ritmo e expressão das intenções próprias das palavras e um segundo momento, seguindo a metodologia “Máquina da poesia”, propusemos um mergulho no universo poético, brincando com as palavras, escrevendo pequenos versos originais e construindo, no final, um grande poema coletivo. Trabalhámos sempre em sala de aula, com os alunos de uma turma, e os seus professores.  


Logo no início, os alunos desarrumam a sala de aula criando uma meia-lua acolhedora para as palavras​. O trabalho segue em crescendo, começando com pequenas poesias ditas e partilhadas. A experimentação poética começa com a integração do grupo para a escuta. 
Procuramos valorizar os alunos que têm mais dificuldade, para que não se sintam isolados. Além da escuta, desenvolve-se o ritmo, utilizando o corpo e também instrumentos de percussão. Falamos de ritmo, brincamos com o som e a intenção das palavras. O corpo participa em pleno nos textos.




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