Caça Texturas em Mação


Não queremos que Mação seja conhecida apenas pelos fogos” - Desaba a vereadora Margarida Lopes, que acompanhou ativamente a realização da oficina Caça Texturas no seu Município. Não é todos os dias que se tem uma vereadora a apoiar, no terreno, uma iniciativa cultural nas aldeias; um raro privilégio. Existe uma proximidade invejável entre quem vota e quem é eleito. Também Vera António, técnica da Câmara Municipal, acolheu e organizou o percurso desta oferta da CIM Médio Tejo (“Caminho das Pessoas”) que decorreu nos dias 12 e13 de Agosto. Vera, a quem agradeço o carinho com que nos recebeu, publica fielmente detalhes e curiosidades da Vila e do território numa rubrica batizada de “Postal do dia”, alojada na (concorrida) página do Município no Facebook. Mação tem muito mais para oferecer a quem passa, a começar pelas praias fluviais, continuando pelos trilhos e nascentes, sobretudo a hospitalidade e um espírito de resiliência optimista que se reconhece em quem por cá vive. Apenas uma nota gastronómica: na vila existe um restaurante de uma família de pescadores do rio (Tejo) que nos dá a provar algumas espécies exóticas, transformadas em iguarias pela mão de quem cozinha; para além da fataça ou do achigã, podemos saborear a lucio-perca e, imagine-se, o siluro! Coisa de quem gosta de peixes...


Cada local de Mação revelou a sua identidade própria, ao longo destas 4 oficinas do Caça-Texturas. A primeira sessão foi muito concorrida e inclusiva. Juntaram-se às famílias crianças da oferta lúdica de férias do município, e, ainda um grupo muito dinâmico e divertido com diversidade funcional. Começámos no jardim e seguimos rua acima até ao centro aproveitando os relevos das velhas paredes e outras texturas mais atuais. 



Demos uma atenção especial aos edifícios antigos; num deles, um par de batentes em bronze exibia duas representações de Faunos o que deu lugar a uma bela brincadeira. Em Cardigos tivemos o privilégio de contar o Professor António Silva que foi contextualizando cada objeto ou monumento encontrado, partilhando a rica história local – foi muito interessante, apesar de ter sido um grupo pequeno. Gostei muito da sessão de Carvoeiro, não só por ter comigo um monitor muito especial, mas também pela presença de Margarida Lopes que ajudou a criar um bom grupo de caçadores de texturas. Foi bem engraçado recolher texturas junto ao banco das vizinhas e propor aos habitantes um olhar lúdico, diferente, sobre o seu lugar. Hoje, dia 22 de Agosto, foi inaugurada uma exposição dos trabalhos produzidos pelos “caçadores” no Centro Cultural Elvino Pereira (Mação); quem estiver por perto pode visitá-la até 7 de Setembro. 

O banco das vizinhas no Carvoeiro

Já está pronta a exposição!




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