Baleizão em Tábua


No dia 10 de fevereiro o “Baleizão, o valor da memória” esteve em Tábua (Festival Ar - Teatrão), uma terra de que gosto bastante, onde tenho laços fortes na mediação do livro e da leitura. Foi muito interessante ver o Luís Branquinho na sua nova função, à frente do Centro Cultural de Tábua, confirmando aquilo que já adivinham: não faltou nada, da parte técnica à hospitalidade e passando pela capacidade de mobilizar o público de Tábua, com uma forte expressão intergeracional.  Na sequência do espetáculo, preparámos a Oficina da memória, um ateliê de movimento/corpo, desenho e escrita, que resgata as lembranças dos participantes numa partilha criativa, orientada pelos dois artistas. Um momento transversal etariamente, onde jovens, crianças, adultos e seniores, se envolvem como mineiros da memória. Gostei de rever a Ana Cristina que me comoveu na oficina, ao partilhar a sua luta familiar e a minha querida amiga Cláudia Sousa (mediadora do livro e da leitura) veio de Viseu para saborear o seu geladinho Baleizão. E que dizer daqueles jovens de onde surgiram belos textos depois de os termos despertado com olfatos e sabores? Obrigado a Gi da Conceição por ter trazido os seus alunos ao nosso ateliê.  A sala estava muito bem composta, talvez centena e meia de pessoas e a Oficina da Memória, esgotou. Lá estivemos sobre o palco, Aldara Bizarro trazendo as memórias de uma infância vivida em África, e eu levando o Barlavento algarvio até à Beira Alta. Estamos de volta, desta vez a Coimbra (Oficina Municipal de Teatro) no dia 24 de março com a mesma configuração, com uma oficina e um espetáculo.
Fotografia de Gi da Conceição

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