Um sentir especial
Neste início de ano letivo, estou envolvido, de novo, em
projetos interessantes; desta vez o “Sentir especial”, programa dedicado ás
necessidades educativas especiais lançado pelos Serviços educativos da Câmara
Municipal de Torres Vedras. A convite de Goretti Cascalheira (com quem gosto
imenso de trabalhar) e com a colaboração do mediador músico Pedro Simão Vaz (a
par dos técnicos da biblioteca municipal) vamos propor um trabalho colaborativo
com as “famílias especiais” do concelho que, espero, dê bons frutos.
Serenamente, criando um projeto de intervenção partindo pela
base, com as famílias especiais do conselho e seus filhos com necessidades
educativas especiais. Uma ideia a pensar na biblioteca pública, criando
respostas onde elas não existem: pensar o serviço de referência para um
acolhimento informado dos leitores com necessidades educativas especiais,
pensar a coleção (no seu sentido mais lato) partindo destes utilizadores
invulgares e conceber momentos de mediação leitora, assertiva, para este
público. Não será apenas um trabalho dirigido às crianças e aos jovens especiais.
A nossa intenção é para com as famílias como um todo (família alargada e amigos
essenciais deste núcleo) proporcionando aos pais momentos de fruição e
descoberta da oferta cultural da biblioteca municipal. Interessa-nos desenhar
uma resposta colaborativa, com que se identifiquem.
Mas por ode começar? Pois bem… No dia 7 de Novembro às 15.30h, na Biblioteca
Municipal de Torres Vedras, faremos um primeiro encontro a que chamámos
Conversa improvável & Criativa, uma espécie de sábado cheio de surpresas… Reunir o grupo, propor dinâmicas, tirar um livro da manga (e
talvez um conto), escutar, escutar sempre, entendendo dificuldades e percebendo
o perfil leitor. Aprender a resposta da leitura Pública para esta realidade. Este
primeiro encontro terá alegria e livros de imagens, daqueles que dão vontade de
falar. Depois começaremos a escrever com marcadores grossos, num grande papel
de cenário, todos os nossos desejos leitores…e não só. E estamos preparados
para escrever, riscar, corrigir as ideias, aferindo rumos. A partir deste
encontro, esperamos poder construir uma programação feita à medida em
colaboração com as famílias. Pois, afinal, a Biblioteca é uma Casa onde cabe
toda a gente!
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