Número 100
Pediram-me um texto com 100 palavras para o número 100 dos Cadernos de Educação de Infância da APEI (revista e associação que fizeram parte da minha vida). Aqui fica o meu depoimento, antes dos cortes para alcançar o tamanho exato.
Dizia-me uma
amiga por brincadeira, que tinha tirado o meu curso de educador na APEI… não
estava longe da verdade. Durante 14 anos trabalhei nos CEI, bebendo o debate
constante que levou ao amadurecimento patente na atualidade. As leituras e
convívio com educadores de referência acabariam por contribuir decisivamente
para o meu percurso de mediador cultural.
Reconheço a
marca de água expressa na génese do número 1: da reflexão à prática, espelho de
uma classe que vem ocupando cada vez mais espaços, mais além da sala do JI. Uma
revista deverá ser sempre um lugar de contaminação de ideias vindas de fora ou
criadas por dentro num constante processo de osmose com a sociedade. A resposta
atenta ao mundo contemporâneo, sem academismos mas com erudição prática
contribuirá decisivamente para a defesa da criança e do conceito de infância. Manter
uma revista/ágora sem concessões comerciais e independente do poder é uma tarefa
árdua, só possível com atitude, ousando propostas geradoras de transformação. Afinal,
desejamos educar pessoas que saibam ler o mundo e sobre ele agir com
clarividência.
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