Trabalhando com a diferença em Sintra
Ao longo deste
ano letivo teve lugar um conjunto de diferentes intervenções com crianças e
jovens com necessidades educativas especiais do Concelho de Sintra. Uma
iniciativa da divisão de educação da C. M. Sintra junto das unidades de ensino
especial do Concelho. Assim na EB 1 de Rio de Mouro realizámos algumas sessões
junto de crianças do espectro do autismo e não só, partilhando experiências e
tentando dar respostas às nossas perguntas através da introdução de novas
ferramentas.
Caçando texturas na Biblioteca Escolar
Na EB 2 de Rio de Mouro, escola de referência para alunos invisuais
e de baixa visão, desenvolvemos a oficina “caça texturas” numa perspetiva de
integração com o universo de todas as turmas da escola onde estas crianças
estão inseridas. Por fim, a última intervenção (aquela que começou mais tarde)
teve lugar no Agrupamento de Escolas Escultor Francisco dos Santos (Fitares) envolvendo alunos de diferentes
níveis de ensino, numa pluralidade de problemáticas e de níveis etários. Aqui,
o trabalho tem-se desenvolvido em torno da noção do EU (individualidade) em
paralelo com o conhecimento do esquema corporal, passando pelas emoções e
expressões do rosto. A ideia é construir sobre papel de cenário um “Cartão de
Cidadão” de corpo inteiro onde há lugar para o rosto (fotografia e desenho), O
corpo (com desenho da silhueta numa posição que revela os desejos de cada participante
para o seu futuro) e emoções (num trabalho em torno dos adjetivos que caracterizam
cada um dos alunos, lançando mão de algumas ferramentas digitais).
Escusado será
dizer que os objetivos individuais de cada criança ou jovem são estabelecidos
pelo professor que todos os dias trabalha com eles; embora se tente sempre ir
mais longe nas aquisições, elas são ditadas pelas características específicas
da criança/jovem. O espírito de pertença/grupo tem sido uma constante, como se
pode observar pelas fotografias captadas na última sessão no ginásio.Mas somos bem ambiciosos! No próximo ano letivo, pretendemos lançar a oficina “Eu sou tu” numa perspetiva de integração, envolvendo professores e alunos das turmas que acolhem os nossos meninos/as especiais.
“É nossa intenção sensibilizar o Conselho
Pedagógico do Agrupamento para o projeto de intervenção que a seguir se
apresenta, onde nos propomos envolver professores e alunos das turmas com
crianças com necessidades educativas especiais, numa oficina pedagógica
integrada. Esta oficina, de nome “Eu sou tu”, transcende os objetivos
específicos da unidade de ensino especial, sendo transversal a todas as idades
e níveis de ensino, cruzando saberes e práticas artísticas. Todos os
professores, alunos e assistentes operacionais que convivem diariamente com as
nossas crianças especiais, são convidados a participar nesta ideia da qual se
podem extrair aprendizagens mais vastas, facilmente relacionáveis com as
matérias curriculares numa fruição própria da “Educação não formal”. A ideia
que preside à nossa proposta é a integração lúdica, reunindo um conjunto de
aprendizagens e conhecimentos simples, úteis para o curriculum normal. Vale a
pena apostar na inovação e integração na Escola Pública!”
In documento apresentado
à escola através do seu Conselho Pedagógico
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