Curso: Mediar públicos com necessidades educativas especiais
Agora que se aproxima o nosso curso (começa já a 16 de Fevereiro na Fundação Calouste Gulbenkian), aqui fica a informação oficial, um pouco mais detalhada.
Uma proposta transversal
Desde 2006, que o Setor Educativo do Centro de Arte Moderna tem vindo a desenvolver um trabalho importante e continuado com populações portadoras de deficiência e/ou doença mental, numa lógica que pretende alargar acessibilidades, promover o museu enquanto espaço inclusivo e reforçar a ideia de uma educação artística como parte integrante da formação completa de qualquer indivíduo -um princípio que se prende com o direito de cidadania.
Na origem deste curso que agora apresentamos, está a
prática desenvolvida ao longo dos últimos anos pela equipa do Descobrir –Programa
Gulbenkian Educação para a Cultura e Ciência responsável pelas propostas
dedicadas aos públicos com necessidades educativas especiais. Um conceito
transversal aos diferentes espaços museológicos e produções artísticas na
Fundação Calouste Gulbenkian. Se é certo que esta prática de mediação nasce no
interior de um Museu, ela acaba por interessar à escola e a outros agentes
educativos. A educação artística, pela sua génese, contribui para a construção
de outros caminhos na escola curricular, propondo formas de aprendizagem não
formal em terrenos aparentemente formatados. Ao longo de 15 horas de
formação certificada lançaremos o debate sobre a caracterização deste
público específico, partilhando a experiência das diferentes oficinas do
Descobrir, da música aos diversos espaços museológicos da Fundação Calouste
Gulbenkian. Refletiremos sobre o perfil do monitor/educador de públicos com
necessidades educativas especiais. Será dada uma atenção especial ao trabalho
atual da escola pública nas suas unidades de ensino especial. Por fim, porque
este curso tem um carácter muito prático, lançaremos o desafio para a criação
de propostas específicas nos lugares educativos de origem dos formandos.
Com
os olhos postos na escola
A escola pública viu-se obrigada a dar resposta a um
universo cada vez mais vasto de solicitações educativas especiais. As
unidades de ensino especial vão desenvolvendo o seu trabalho numa aparente
sensação de isolamento; a interdisciplinaridade do trabalho artístico permite
propor outras práticas na escola, ousando a mudança. Com a criação de
agrupamentos escolares maiores, os profissionais de educação são cada vez mais
confrontados com a presença de alunos com necessidades educativas especiais sem
que as unidades de ensino especial tenham capacidade de formar docentes de forma
efetiva no interior da escola de forma a dar resposta às solicitações
emergentes. A variedade de situações em contexto educativo obriga a uma
resposta imaginativa e assertiva na abordagem do processo educativo.
Aqui
se insere a nossa proposta, apresentando um outro ponto de vista, numa
abordagem não formal do processo educativo. Ainda, a convicção de que a relação
Escola –Museu traz benefícios mútuos, quer para os agentes educativos, quer
para os educandos, num universo de propostas e partilhas fundamentais no mundo
contemporâneo.Uma proposta transversal
Desde 2006, que o Setor Educativo do Centro de Arte Moderna tem vindo a desenvolver um trabalho importante e continuado com populações portadoras de deficiência e/ou doença mental, numa lógica que pretende alargar acessibilidades, promover o museu enquanto espaço inclusivo e reforçar a ideia de uma educação artística como parte integrante da formação completa de qualquer indivíduo -um princípio que se prende com o direito de cidadania.
Assim, ao longo destes anos tem sido
desenvolvido um trabalho regular com públicos muito diferenciados nas
necessidades, desafios e exigências, planificando e realizando um conjunto de
oficinas criativas especializadas e diversificadas. Estas oficinas que partem
da coleção e exposições para descobertas e conquistas pessoais destes
visitantes complementam a experiência museológica com um trabalho oficinal. A
capacidade questionadora da produção artística atual gera neste público respostas
interiores e uma comunicação com evidentes reflexos terapêuticos. Agora, este
conceito de origem foi alargado através do programa Descobrir, numa
proposta transversal a todos os núcleos pedagógicos e artísticos existentes na
Fundação Calouste Gulbenkian, organizados em quatro linhas de orientação – o
Corpo, o Rosto, oTacto e a Paisagem que nos envolve - para maior
assertividade na resposta a quem nos procura. Estes quatro grandes núcleos
contêm diferentes propostas pedagógicas, desenvolvendo-se no Museu Calouste
Gulbenkian, Centro de Arte Moderna e Serviço de Música em visitas e oficinas de
educação artística, cruzando diferentes linguagens e materiais numa prática
estimulante e especializada. Espaços de criatividade e fruição em diálogo
constante com a produção dos artistas presentes na Fundação.
Oficinas
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