10x10: Navegar é preciso!

Abrigada, 5 de dezembro. Hoje foi dia de viagem pelo Google Earth! Mas antes de partir, dois livros “Pop-up”: o  Popville” e o magnífico “ABCD” de MarionBataille. Foi interessante ver a reação dos jovens aos dois livros-objeto na roda aberta do plenário inicial. Tivemos 3 baixas por “mau comportamento”, foram enviados para casa antes da nossa sessão; preferia que se portassem mal na nossa aula 10X10 (Descobrir/Gulbenkian) seria motivo para uma qualquer dinâmica ou urgência de comunicação. Mas regras são regras e os moços foram enviados para casa, mas vão poder contactar com aquilo que fizemos com os restantes colegas.
A caminho de casa em Governador Valadares
Vamos então partir navegando pela net em direção ao Brasil. Como temos dois amigos Mineiros (Minas Gerais), fomos primeiro a Governador Valadares terra natal de um dos jovens que nos conduziu com o Google Maps aberto até à rua dele, à casa dele e, imaginem, quando a Google tirou a fotografia o avô dele estava sentado à porta…mais à frente numa curva, o irmão olhava espantado para a objetiva. Ficámos a conhecer a família e também a escola onde estudou. Depois, demos uma saltada a Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais e também demos com a casa do outro colega mineiro: “Essa aí é a minha tia!” Exclama o rapaz olhando uma fotografia de grupo em frente a uma porta…” mas está tudo tão mudado. Faz 7 anos que não vou lá”. Falámos um pouco de Minas e do sistema de Capitanias que dividiu o Brasil na era colonial. Completando a ideia fomos ver Ouro Preto, cidade muito bem conservada do período Português e vimos a obra do escultor “Aleijadinho”. Pelo meio falámos das grandes distâncias do Brasil, quanto tempo se demora de viagem para ver o mar (um dia inteiro!). Perguntei se pescavam no Brasil e eles disseram que sim, falando do grande pirarucu.
Pirarucu!
Depois mudámos de continente: África. Fomos até à Guiné Bissau, concretamente a Bissau, bairro de S. Paulo. Aí, foi a oportunidade de falar dos Balantas (etnia do aluno), um povo agricultores especialistas em mancarra (amendoim). Falámos de música e de instrumentos tradicionais: Balafon e Kora. Escutámos a voz dos instrumentos… Terminámos a vista á Guiné conhecendo a grande árvore do Polon (Polão) que preside a todas as aldeias (tabancas); dizem que esta árvore contém os espíritos de todos os antepassados, por isso é mágica e sagrada. (Em “O homemque escutava as árvores”, peça que escrevi sobre Amílcar Cabral, a personagem principal ia oferecer água e fruta (Djakatu) aos seus antepassados, depositando as oferendas junto à grande raiz do Polon.).
Raiz di polon
Uma aluna escolheu a ilha do Sal (Cabo Verde) como destino de navegação. Vimos os vulcões e a paisagem deserta – o mais impressionante foi ver a salina no interior de uma antiga cratera (caldeira).
Ainda tivemos tempo para ver onde moravam alguns alunos lá no Carregado, orientando-nos através do emaranhado de prédios. “Ali jogamos futebol!” diz um aluno apontado um retângulo verde projetado pelo data show . Mas entretanto tinham passado 90 minutos….Amanhã há mais.

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