"Dar o livro certo"
Iniciei este ciclo de sessões com "A árvore generosa" de Shel Silverstein. A "árvore" foi o mote para a escrita nestes encontros com os reclusos. Também este ser vegetal nas pinturas que vão surgindo aqui no ateliê...
Passar a palavra, comunicar o que há de diferente acontecendo a cada esquina do mundo, é tarefa de jornalistas. Entendo o receio de Fernanda Pinto, a nossa mediadora do livro e da leitura mais experiente em ambiente prisional (DGLB – Programa “Leitura sem fronteiras”). Aquele medo que sempre fica de não ser passada a mensagem correcta daquilo que se faz com gosto e dedicação. Mas é muito importante que outros olhos narrem a nossa labuta. Alexandra Marques transmitiu muito bem nas páginas do jornal de Notícias o ambiente que se viveu nos estabelecimentos prisionais de Odemira e Setúbal quando do meu primeiro ciclo de intervenções e Teresa Sampaio foi responsável por um belo documento televisivo emitido pela RTPN com a chancela do Plano Nacional de Leitura. Agora, Rita Pimenta ("letra pequena"), voz respeitada no universo da literatura infanto-juvenil (e não só) aborda o labor dos mediadores da leitura nos estabelecimentos prisionais. Confesso que me revejo nas páginas da PÚBLICA, reconhecendo o reflexo do meu trabalho nas bibliotecas prisionais; sinal de presença de outros companheiros (poucos) que aí intervêm também. É importante que se fale do nosso trabalho, acordando as tutelas para a responsabilidade desta acção a jusante da nossa sociedade. Em tempos de “conta cêntimos”, sabem vocês quanto custa um recluso ao erário público? E quanto custa uma intervenção educativa? Que efeito pode ter uma acção educativa assertiva junto destas pessoas tresmalhadas pelas circunstâncias da existência? Perguntas às quais apenas posso responder com a minha crença a par do brio, numa actividade que sempre me alarga o horizonte, enchendo-o de humanidade. Mas sei bem quantos livros foram requisitados esta semana em cada estabelecimento prisional…
Obrigado Rita.
Aceder ao artigo aqui.
Passar a palavra, comunicar o que há de diferente acontecendo a cada esquina do mundo, é tarefa de jornalistas. Entendo o receio de Fernanda Pinto, a nossa mediadora do livro e da leitura mais experiente em ambiente prisional (DGLB – Programa “Leitura sem fronteiras”). Aquele medo que sempre fica de não ser passada a mensagem correcta daquilo que se faz com gosto e dedicação. Mas é muito importante que outros olhos narrem a nossa labuta. Alexandra Marques transmitiu muito bem nas páginas do jornal de Notícias o ambiente que se viveu nos estabelecimentos prisionais de Odemira e Setúbal quando do meu primeiro ciclo de intervenções e Teresa Sampaio foi responsável por um belo documento televisivo emitido pela RTPN com a chancela do Plano Nacional de Leitura. Agora, Rita Pimenta ("letra pequena"), voz respeitada no universo da literatura infanto-juvenil (e não só) aborda o labor dos mediadores da leitura nos estabelecimentos prisionais. Confesso que me revejo nas páginas da PÚBLICA, reconhecendo o reflexo do meu trabalho nas bibliotecas prisionais; sinal de presença de outros companheiros (poucos) que aí intervêm também. É importante que se fale do nosso trabalho, acordando as tutelas para a responsabilidade desta acção a jusante da nossa sociedade. Em tempos de “conta cêntimos”, sabem vocês quanto custa um recluso ao erário público? E quanto custa uma intervenção educativa? Que efeito pode ter uma acção educativa assertiva junto destas pessoas tresmalhadas pelas circunstâncias da existência? Perguntas às quais apenas posso responder com a minha crença a par do brio, numa actividade que sempre me alarga o horizonte, enchendo-o de humanidade. Mas sei bem quantos livros foram requisitados esta semana em cada estabelecimento prisional…
Obrigado Rita.
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Reconheço bem a importância de uma intervenção educativa. Sei que é dinheiro bem aplicado. Sei quanto vale a magia da palavra, como nos pode transformar... Calculo a sua importância em meio prisional "...junto destas pessoas tresmalhadas pelas circunstâncias da existência..." E aposto que o Miguel saberá fazer de um "simples livro"... "o livro certo"!
ResponderEliminarObrigado Manuela Caeiro pelas palavras. Agora aguardamos que a tutela entenda a impotância deste trabalho.
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