Diário gráfico - Vila Nova de Paiva

No meio das minhas viagens pelo nosso país (sempre com o saco dos livros atrás…) têm lugar encontros especiais, onde a comunicação é o objectivo e o desenho a ferramenta. Assim, o café central de uma terra pode ser um local de amena cavaqueira ultrapassando os limites da vida corriqueira de pouco pensar e de pouco sorrir. O cadernito de desenhos sai do saco sem ser intrusivo e o gesto do desenho torna-se familiar, acabando a noite com uma partilha de vidas que fica ali suspensa a cada baforada de fumo dos cigarros: e nessa noite, não se fala de bola… Confesso que gosto de ver as pessoas saindo da casca quotidiana para uma situação não habitual , acenando essências que os caracterizam de forma mais solta. Estes dois amigos são das “Terras do demo”, Vila Nova de Paiva, sempre que volto aquelas paragens paro para os cumprimentar: ao dono e ao cliente habitual, personagem estouvado da vila.

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