Tecer os espaços
É ateliê é sempre um lugar de recolhimento e criatividade, mesmo integrado num projeto cultural como a Biblioteca Comunitária da Azenha Velha. Nos dias de ateliê aberto, como nas tarede de "Contos da Azenha Velha", vizinhos e outros amigos entram no espaço, veem a obra, trocam ideias, têm contacto direto com a produção cultural em direto. Trata-se de pura comunicação integrada num espírito comunitário; não me importo de responder a perguntas, e formular umas quantas, fazer pensar e estar disponível. Noutros dias fecho-me para que possa escutar a voz dos pensamentos e prosseguir a pesquisa e executando as obras. Não tenho nada programado para a minha relação com quem me vista; sigo a intuição e a sensibilidade. Quando passo da porta do ateliê e entro na sala da biblioteca, torno-me o mediador cultural o vizinho amigo. A tecedura dos espaços faz-se com delicadeza e tempo.