Narração oral e Museus - Uma outra forma de mediar a colecção


Uma foto que conta uma história sobre Museus, tirada pela Sara Barriga na Casa das Histórias Paula Rego no ano de 2010 (também lá estava a minha amiga Adriana Pardal...). Durante esse dia contei algumas histórias, uma delas em Hipop, em frente aos quadros de Paula Rego. Na foto, uma personagem da pintora vigia-me atentamente.
Sara Barriga tem o condão de se cruzar comigo em momentos importantes da minha vida de artista/mediador, influenciando o rumo, como foi o caso do Teatro Viriato, onde apresentei em primeira mão algumas das minhas oficinas mais marcantes; como “Casulo de imagens” (slides diretos); “Caça-texturas”; ou “Eu sou tu”.
Acho que comecei a contar histórias originais, construídas a partir dos acervos, na Coleção Berardo (quando esta habitava o Museu de Arte Moderna de Sintra), mais tarde no Museu Arquelógico de Odrinhas (“João sem memória”) nesse ano no Museu Grão Vasco, na Coleção Berardo e na Fundação Elipse. De então para cá tenho construido vários contos em Museus, com destaque para “ a Tia Aldina” (Museu Gulbenkian/triptico “Vanitas” de Paula Rego) “Eisen” (Museu Gulbenkian/obra de Rui Chafes) e a saudosa performance/narração “Logo à noite no Lago Van” (Museu Gulbenkian/Obra de Arshile Gorky) que envolveu o Dellalien Trio, o serviço educativo e a curadoria do museu, todos insuflados pelo entusiasmo de Ana Vasconcelos (Museu Gulbenkian). No meio desta lista, referência ainda para um desafio singular de João Aidos, em que o ponto de partida para a construção da narrativa e posterior partilha, foi a arquitectura, história e as gentes que passaram pelo antigo hospital de Torres Novas (Conto “Irmãs de leite”).
Entretanto, a diretora do Museu do Dinheiro já me desafiou para novas aventuras, de que vos darei contas no meu próximo post, onde falarei de colegas narradores, de um conto de S. Jorge ou da cotação em vacas, de uma badjuda (moça solteira) mandinga. Até já.

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