O homem que escutava as árvores


Valeu a pena procurar Amílcar Cabral no mundo e redescobri-lo em conversas na esquina da S. Francisco Xavier (bairro da Cova da Moura) com Mumini Djaló, muçulmano Fula dono de mercearia, que me interrompia delicadamente o diálogo à hora do Corão. Djaki e Luísa estiveram lá acompanhando o tecer das palavras. Assim nasceu a minha peça "Retratinho de Amílcar Cabral" (O homem que escutava as árvores).
-Mumini! Hei-de levar o Sumbuiá para a estreia, relembrando-me da importância de sermos livres!...

Mika, um jovem Guineense (filho de pai Cabo-verdiano e mãe Guineense) regressa à sua tabanca de nascimento e senta-se à sombra do Polon. Vai conversando com a grande árvore e com o público, construindo aos poucos uma imagem de Amílcar Cabral e dos conturbados tempos da guerra colonial. Através da metáfora da floresta, simbolizando um país independente, visitamos a independência de Cabo Verde e da Guiné bem como o pensamento do grande estadista. Uma peça em português com a presença do Crioulo de Cabo Verde, embalada pelo som do Kora de Galissa, mestre Mandinga que o tocará no palco. O actor, Tozé Barros nasceu em Santiago residindo actualmente no bairro da Cova da Moura (Amadora); a ele compete a difícil tarefa de um quase monólogo nesta peça infanto-juvenil, envergando o gorro a que Cabral nos habituou, o Sambuiá. Uma peça escrita para o Teatro Mosca, integrada na série “Retratinhos” e encenada por Suzana Branco.

Comentários

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